quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Passione: churrasco na mansão do Jardim América

Divulgação/TV Globo
Em "Passione", Clô (Irene Ravache) tenta acabar churrasco na mansão do Jardim América organizado por Fortunato (Flávio Migliaccio) e os amigos (nov/2010)
Em "Passione", Fortunato (Flávio Migliaccio) oferece um churrasco à beira da piscina do Jardim América para seus amigos do bairro antigo. Clô (Irene Ravache) autorizou a festa em troca do silêncio dele sobre a viagem que fez com Jéssica (Gabriela Duarte) para Ubatuba, atrás de Berilo (Bruno Gagliasso). Enquanto a emergente implora para que Guida (Andréa Bassitt) a ajude a dar um fim na reunião, Jackie (Alexandra Richter) tenta se esquivar dos amigos de Fortunato.

Cantor e ator, Daniel Boaventura mescla duas artes como o misterioso Diogo de "Passione
PopTevê
Daniel Boaventura, o Diogo de Passione já cantava e atuava desde adolescência
Na adolescência, Daniel Boaventura já cantava e atuava. Mesmo assim, o ator demorou para decidir seguir a carreira artística. Antes de se render, ele até se arriscou em trabalhar em profissões mais tradicionais. Cursou faculdade de administração, relações públicas e publicidade e propaganda. Todas sem concluir. "No último vestibular raspei a cabeça. Cheguei em casa e falei 'pai, passei no vestibular'. Ele olhou para mim, só disse parabéns e voltou a trabalhar. Meu pai sabia que não era o que eu queria, que minha veia era artística", lembra.
Com tudo isso, só aos 27 anos Daniel estreou na televisão --em 1999, interpretou o Kiko na série "O Santo de Casa", da Band. Hoje, no ar como o misterioso Diogo, ele tem a oportunidade de mostrar as duas vertentes. "Fiquei muito feliz com esse projeto. O fato do Diogo cantar na cantina foi um ótimo pretexto para o personagem e para o ator", comemora.
Mas a boa notícia também veio acompanhada de tensão. Primeiro, pelo fato de entrar em uma novela com três meses no ar. Segundo, porque até hoje Daniel não sabe quase nada a respeito de seu personagem. "Ainda recebi um convite para gravar um CD com músicas italianas. Mas é uma pressão positiva. Era algo que eu queria há muito tempo", analisa. Apesar de não fazer parte do núcleo italiano, o ator teve de se familiarizar com a língua. "Escutei muita música em italiano", conta.
Desde o início, você sabia que iria entrar para o elenco de "Passione", mas isso só aconteceu no capítulo 80. Entrar para uma trama já em andamento é mais difícil?
É difícil. Principalmente porque o elenco é talentoso e já está muito entrosado. Além disso, o Silvio não me disse muito a respeito do personagem e até hoje não sei o objetivo do Diogo. A única coisa que sei é que ele tem alguma relação com a Bete Gouveia, da Fernanda Montenegro, e que está trabalhando na cantina para vigiar os passos da Clara. Então, tenho de criar em cima disso e, ao mesmo tempo, deixar lacunas.
Você é cantor e ator. Em qual das duas áreas você se satisfaz mais?
  • Divulgação/TV Globo
  • Daniel Boaventura em cena com Mariana Ximenes
Não vou mentir que a música sempre teve um papel muito importante na minha vida. Mas cada um tem seu peso, não tem como discernir. O lado ator me trouxe um reconhecimento que a música não me deu até então.
Você protagonizou vários musicais no teatro. Até que ponto você acha que a música impulsionou a carreira de ator na televisão?
Uma coisa sempre catapulta a outra. Passei de musical para show, de show para peça e por aí vai. Não sei se o Silvio de Abreu já sabia da minha relação com a música. Mas, em 2007, ele foi assistir à "My Fair Lady", depois foi ao meu camarim e me disse: você vai fazer uma novela minha. Ele cumpriu a promessa e quis que eu gravasse um CD de canções italianas. O fato de o personagem cantar foi um bom pretexto para o personagem e para o ator.
Todas as faixas do seu primeiro CD "Songs For You" são em inglês. Em novembro, você vai lançar em italiano. Porque você nunca pensou em cantar em português?
Não canto bem em português. Me sinto mais à vontade cantando em inglês. Acho que fui muito teimoso quando gravei o primeiro. As pessoas diziam que só a minha mãe, minha tia e talvez algum primo iriam comprar (risos). Mas é o que eu gosto de cantar e vendi mais de 40 mil cópias, o que, para o mundo de hoje, com pirataria e internet, considero algo próximo de um milagre.
(por Natalia Palmeira)

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