Record – 21 e 23h
de 25 de janeiro a junho de 1977
119 capítulos
novela de Ivani Ribeiro
direção de José Miziara e David Grimberg
supervisão de Luciano Calegari
Novela produzida pelos Estúdios Silvio Santos logo após a inauguração de seu canal de televisão no Rio (TVS, Canal 11). Em São Paulo foi lançada em janeiro de 1977 pela TV Record e suas filiadas, quando Silvio Santos era acionista da emissora. Mas no Rio, a novela só chegou em junho, quando já estava no final de sua exibição na rede.
A produção apresentava um certo requinte, e as cenas externas propunham um jogo de imagens cinematográficas.
Todavia, o trabalho não apresentou o rendimento esperado por dois motivos básicos: a direção não conseguiu uma integridade entre atores e personagens, bem como não fez uma união perfeita das cenas gravadas em externas com as realizadas em estúdios; a novela foi ao ar com mais da metade já gravada, o que dificultou a autora no trabalho de criação em relação à aceitação do público.
Entretando, a história, baseada em fatos verídicos, sobre praias poluídas, endossou uma vez mais o potencial de imaginação da autora.
A novela foi gravada em Suarão, distrito de Itanhaém, no litoral paulista, para representar a cidade fictícia de Guaianá.
Os cantores Wanderley Cardoso e Luiz Américo fizeram uma participação especial, cantando para a personagem Zezé (Riva Mimitz) em seu sonho.
A novela foi reprisada em versão compacta (60 capítulos) pela TV Tupi, em 1979, e pelo SBT, em 1983.
Em 1993, Ivani Ribeiro somou a espinha dorsal de O Espantalho à regravação de Mulheres de Areia, como trama adicional. O resultado foi excelente e valorizou ainda mais o remake.
Em Guaianá, uma pequena cidade litorânea, a interdição das praias, devido ao alto índice de poluição das águas, causa conflito com o responsável pelo turismo local. É a luta da integridade do prefeito Breno (Fábio Cardoso) com Rafael (Jardel Filho), o vice-prefeito, dono do maior hotel da cidade e o principal interessado na liberação dos banhos de mar, só assim se garante o turismo na região.
Ao lado do prefeito, e contra a poluição e o deszelo com a saúde pública, está a esfuziante Tônia (Thereza Amayo), comerciante local preocupada com seu povo; e o Dr. Munhoz (Hélio Souto), um médico humanista que nutre um amor platônico por Tônia, apesar dela namorar Juca (Rolando Boldrin) e os dois viverem uma relação tempestuosa por causa do ciúme.
Mas Breno, Tônia e o Dr. Munhoz têm que enfrentar as artimanhas do autoritário Rafael, que faz de tudo para impedir a interdição das praias. Aprincípio, Rafael finge ser solidário com a causa do prefeito, mas está por trás de uma verdadeira companha contra Breno, acusando-o de impedir o progresso da cidade. Coloca espantalhos pelas praias interditadas, os quais representam o prefeito que afugenta os turistas.
Além dos espantalhos, Rafael usa como arma um segredo que revela o passado misterioso de Jeny (Esther Góes), a bela mulher do prefeito. Rafael promete desmascará-la perante o marido caso ela não o influencie a favor da liberação das praias. Jeny passa então a demonstrar-se contra as decisões de Breno, o que acaba por comprometer o seu casamento.
Rafael consegue finalmente a renúncia de Breno e assume a prefeitura. No entanto, à essa altura, ele descobre ter um aneurisma cerebral, o que oaproximava da morte. Dando mostras de desequilíbrio mental, Rafael começa a ter alucinações e vê espantalhos em seus pesadelos. Sabendo disso, Tônia veste-se de espantalho e começa a assombrá-lo.
Numa noite, Rafael resolve dormir na praia para matar a “assombração”. Mas acaba assassinado. Quem cometeu o homicídio foi Zé Pedro (Wálter Stuart), o pai de Tônia. No início, Zé Pedro apoiava as atitudes de Rafael, mas arrependeu-se quando perdeu seu caçula, Reginho (Wálter Magalhães), morto por contrair hepatite. Em defesa de Tônia e para vingar-se, Zé Pedro mata Rafael.
TINHA TAMBEM NESTA NOVELA O ATOR AUGUSTO POMPEO
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