quarta-feira, 4 de agosto de 2010


Tupi - 20h
de 1 de outubro de 1975 a 27 de março de 1976
141 capítulos
novela de Ivani Ribeiro
direção de Edison Braga e Atílio Riccó
supervisão geral de Carlos Zara
SINOPSE
Alexandre o jovem barra pesada de classe média que matou um homem num assalto. Tenta fugir da policia, mas delatado pelo irmão Raul e pelo cunhado Téo. Cesar Jordão um famoso criminalista que no aceita defende-lo nos tribunais, pois a vítima era um amigo pessoal seu. Para ajuda-lo, Alexandre conta apenas com a irmã mais velha, Dina, mulher de Téo, que luta para defende-lo. Até mesmo a sua namorada, Lisa, o abandona. Alexandre acaba condenado, e, para não passar o resto da vida na cadeia, comete suícidio, amaldiçoando a todos que o traíram.

A mãe doente, Isaura, tenta se recuperar da perda do filho caçula com os serviços e a amizade do médico da família, o Dr. Alberto, apaixonado por Estela, a outra irmã de Alexandre. Estela uma mulher sofrida, que foi abandonada pelo marido Ismael, um mau carater, e que criou praticamente sozinha a filha Maria Lucia, uma garota problemática que sonha em reencontrar o pai. Raul, o irmão de Alexandre, tem um casamento feliz com Andreza, e um ótimo relacionamento com a sogra Guiomar, que o trata como um filho. Para completar a felicidade do casal, falta uma criança, que os dois lutam para conseguir.
A persogem Dina (Eva Wilma)é casada com Téo, um rapaz bem mais jovem e boa pinta, que sofre com o cime doentio da mulher, colocando o casamento dos dois em xeque. O advogado César Jordão também amigo do Dr. Alberto. Vivo, pai de dois filhos: o garoto Dudu, e Junior, que quer seguir a carreira do pai.

Mas depois da morte de Alexandre a vida de todas essas pessoas muda drasticamente. Seu espirito, desencarnado, planeja uma vingança contra todos que o fizeram sofrer. Suas principais vitimas so o irmão Raul, o cunhado Téo e o advogado Cesar Jordão.
Dona Guiomar, a sogra de Raul, influenciada pelo espirito de Alexandre,transforma o casamento do genro e da filha num verdadeiro inferno, até que consegue separa-los. O filho de Cesar, Junior, deixa de lado os estudos e se torna um deliquente juvenil, tal qual Alexandre fora um dia. E Téo se transforma num homem violento e inconstante, principalmente depois que se separa de Dina e se envolve com Lisa, a antiga namorada de Alexandre.
Mas Alexandre no contava que sua irma Dina, depois da separação, fosse se apaixonar por Cesar, o seu maior desafeto. A única pessoa que percebe tudo o que esta acontecendo o Dr. Alberto, adepto do espiritismo, a doutrina de Allan Kardec, e que através de reuniões mediúnicas, tenta livrar o espírito atormentado de Alexandre do mal que causa s pessoas.

O climax a morte de César, num acidente. Dina e ele passam a viver um amor transcendental que a tudo supera. Mas Dina acaba por adoecer e morre. Finalmente juntos em outro plano, num lugar conhecido como Nosso Lar, os dois tentam neutralizar a má influência de Alexandre sobre suas vítimas.

ELENCO
núcleos
EVA WILMA - Diná
ALTAIR LIMA - César Jordão
TONY RAMOS - Téo
ELAINE CRISTINA - Lisa
EWERTON DE CASTRO - Alexandre
ROLANDO BOLDRIN - Alberto
IRENE RAVACHE - Estela
ADRIANO REYS - Raul
JOANA FOMM - Andreza
SERAFIM GONZALEZ - Ismael
ABRAHÃO FARC - Tibério
LÚCIA LAMBERTINI - Cidinha
ANA ROSA - Carmem
CARMINHA BRANDÃO - Dona Guiomar
CARMEM SILVA - Dona Isaura
DANTE RUI - Agenor
CARLOS ALBERTO RICCELLI - Júnior
TEREZINHA SODRÉ - Nenê
SUZY CAMACHO - Maria Lúcia
RICARDO BLAT - Hélio
FRANCISCO DI FRANCO - Mauro
YOLANDA CARDOSO - Josefina
HAROLDO BOTTA - Dudú
LEONOR LAMBERTINI - Luísa
ARNALDO WEISS - João
WILMA AGUIAR - Fátima
OSWALDO CAMPOZANA - Jurandir
CARMEM MARINHO - Renata
MARIA VIANA - Edméa
GERVÁSIO MARQUES - Queiróz
TERRY WINTER - Rui
OSWALDO MESQUITA - Duarte
ANDRÉA MORALES - Patrícia
ANITA COUSSEIRO - Maria
JUDI TEIXEIRA - Francisca
ANTÔNIO PITANGA - Damião
ELZA MARIA - Zulmira
ELIZABETH HESSELBARTH - Dolores
CARLOS EDUARDO (KADU MOLITERNO) - Caíto
JOSÉ PARISI JR. - Lula
ARNALDO JOSÉ PINTO - Zeca
CUBEROS NETO - desconhecido
RÉGIS MONTEIRO - Zé Luiz
ROGACIANO DE FREITAS
NEUZA BORGES - escrava de Carlota
LUIZ ANTÔNIO PIVA - Dr. Tobias
SÉRGIO GALVÃO
CLEMENTE VISCAÍNOe
CLÁUDIO CORRÊA E CASTRO - Daniel
SILVIO ROCHA - Lourenço
ANA MARIA DIAS - Verônica (primeira mulher de César)
ARLETE MONTENEGRO - Mariana (moça triste)
MÁRCIA MARIA - Carlota (dama do Brasil Colonial)
KATE HANSEN - Carlota (dama do Brasil Colonial)
EUDÓSIA ACUÑA - Natália
CARLOS AUGUSTO STRAZZER - Sombra
RILDO GONÇALVES - promotor no julgamento de Alexandre
GUILHERME CORRÊA - advogado de defesa no julgamento de Alexandre
Bastidores
A novela trata da vida apos a morte,baseando-se na filosofia de Allan Kardec. Foram levantadas todas as dimenses da crena, desde o preconceito dos leigos at estudos cientficos. Inclusive a comunicao entre vivos e mortos atraves da mediunidade,espiritos encarnados e desencarnados. Ivani usou de sua historia e de seus personagens para apresentar a sua crença. As irmas Dina e Estela, por exemplo, pressentiam quando estavam proximas uma da outra. Tiberio conversava com um esprito amigo que ficava todo o tempo a seu lado. Cidinha era uma mulher do povo, supersticiosa e cheia de crendices populares. Dona Guiomar, Téo e Tato sofriam a possessão do espirito maligno de Alexandre. O Dr. Alberto era um sensitivo que fazia reuniões e rezava pela alma atormentada de Alexandre.
Ivani Ribeiro baseou-se nos livros E a Vida Continua e Nosso Lar ditados pelo espírito de Andre Luis a Chico Xavier. Também teve a colaboração do professor Herculano Pires.
Naquele ano de 1975, a proibição da novela
Roque Santeiro fez com que a Globo reprisasse Selva de Pedra. A Tupi aproveitou o acontecido e, depressa, lançou A Viagem. Não mediu esforços, chegando a sacrificar a novela anterior no horário, Ovelha Negra, que teve os capitulos encurtados. A campanha promocional de A Viagem contava com slogan nos cartazes de rua que dizia: "Assista a uma novela indita com capítulos inéditos". Referia-se reprise deSelva de Pedra.
Ivani Ribeiro reescreveu
A Viagem em 1994 para a TV Globo alcanando o mesmo sucesso que a versão original.
Tupi - 19h
de julho de 1968 a 30 de abril de 1969
novela de Geraldo Vietri e Wálter Negrão
direção de Geraldo Vietri
SINOPSE
Nascido em Lisboa, Antônio Maria Alencastro Figueroa vem tentar a sorte no Brasil, onde se emprega como motorista particular na casa do Dr. Adalberto Dias Leme, dono de uma cadeia de supermercados de São Paulo. Logo ganha a confiança do patrão, que passa a tratá-lo como um amigo e lhe permite usar os automóveis da família nas horas de folga. E ganha mais: a amizade das filhas do Dr. Adalberto, Heloísa e Marina, que, naturalmente, se apaixonam por ele. O chofer assume a posição de conselheiro familiar após a decadência financeira gerada por Heitor de Lima, noivo de Heloísa.

Outro imigrante português, Fernando Nobre, dono de uma panificadora, oferece-lhe sociedade, mas Antônio Maria, inexplicavelmente, prefere continuar como empregado. Por que motivo Antônio Maria quer ficar na casa do Dr. Adalberto? Que vida ele levava em Portugal? Por que aceitou um emprego humilde sendo um moço de trato fino?
Na realidade Antônio Maria é um milionário que está no Brasil fugindo das trapaças de Amália, que logo surge para atrapalhar o amor que nasce entre o português e Heloísa.
ELENCO
SÉRGIO CARDOSO - Antônio Maria
ARACY BALABANIAN - Heloísa
ELIZIO DE ALBUQUERQUE - Dr. Adalberto Dias Leme
MARIA LUIZA CASTELLI - Carlota
WILSON FRAGOSO - Heitor de Lima
CARMEM MONEGAL - Marina
DENIS CARVALHO - Eduardo
GIAN CARLO - Jorgito
TONY RAMOS - Gustavo
ANAMARIA DIAS - Glorinha
NÉA SIMÕES - Catarina
NORAH FONTES - Berenice
JACYRA SILVA - Maria Clara
CARLOS DUVAL - Fernando Nobre
GUIOMAR GONÇALVES - Rita
PATRÍCIA MAYO - Alzira
PAULO FIGUEIREDO - Otávio Ferrari
MARCOS PLONKA - Honório Severino
BETH CARUSO - Beth
GUY LOUP - Lúcia
CANARINHO - Arquimedes
ANTÔNIO LEITE - Dr. Cintra
LUIZ CARLOS BRAGA - Machado
GILDA VALENÇA - Amália

Bastidores
A era dos dramalhões chegava ao fim com Antônio Maria que retomou para as sete da noite o horário de novelas para a TV Tupi, horário esse que havia sido eliminado devido à baixa audiência registrada pelo Ibope.
A novela começou sem muitas promessas. No início agradou a colônia portuguesa, que se sentiu homenageada. Mas no terceiro mês já era campeã de audiência.
Antônio Maria foi um marco na história da teledramaturgia brasileira. Primeiro porque os personagens eram pessoas com qualidades e defeitos, aumentando a identificação com o público. E depois, porque a linguagem usada não tinha nada de rebuscada, se aproximando mais do coloquial.
A novela também dava oportunidade aos atores criarem tipos. A começar pelo protagonista que rendeu a Sérgio Cardoso críticas positivas que até então só havia recebido por seu trabalho no teatro. O ator ficou com a marca registrada: o galante português que recitava Camões e que, na noite de Natal (o capítulo foi ao ar na véspera do Natal de 1968), brindou a todos com um monólogo homenageando as coisas simples da vida.
Para viver o personagem, Sérgio Cardoso (juntamente com Geraldo Vietri, autor e diretor) conversou com dezenas de portugueses de todas as categorias: desde o cônsul e o vice-cônsul de Portugal em São Paulo, até donos de bares e armazéns, todos contribuíram para que seu personagem tivesse o vocabulário e o sotaque lisboetas. Antônio Maria chamava automóvel de "máquina", terno de "fato", as moças de "meninas" e o patrão de "vossa excelência". Mas por causa do seu sotaque, não conseguiu melhor emprego que o de motorista.

Nenhum comentário:

Postar um comentário