Hoje, segue na ponte aérea, para dar vida à Cândida, sua personagem na novela "Araguaia". A história de amor com a cidade marca a presença da grande Eva (a diva está acima, feliz da vida, na foto de Simone Marinho) na seção "O Rio de...", parada dominical obrigatória aqui no site da turma da coluna.
A atriz cita um carioca genial, recomenda - entre muitos programas - um dos nossos principais parques e desfia um emocionante rosário de lembranças. Um carioca: Millôr Fernandes, porque ele tem um bom humor invejável (como você confere, pela lente de Marcos Ramos).
Um amigo no Rio: Nossa, vários. Mas vou citar Antonio Gilberto, diretor de teatro. Porque vamos ao teatro juntos e conversamos bastante sobre os espetáculos e sobre dramaturgia de uma forma geral.Um programa:Todos que impliquem natureza. Teria que nomear pelo menos 10, é a cidade maravilhosa.
Tem passeios infinitos, só o Jardim Botânico (veja o Jardim Bíblico, abaixo, na foto de Fábio Rossi) já dá para fazer um mês de exploração na natureza. Um lugar para comer: Qualquer botequim na esquina. Costumo comer parcimoniosamente e usufruir de companhia. Não vou sozinha.
Aqui Com Bibi Ferreira
Uma paisagem: O horizonte do mar, no Leblon, onde eu tenho meu apartamento, que chamo de minha “casa de praia”. Uma recordação da cidade: Como sou atriz, tenho uma recordação de teatro, cinema e TV. Quando eu tinha 14 anos, a idealizadora do corpo de baile do Teatro Municipal era minha mestra em São Paulo e me convidou para integrar o São Paulo Ballet de Maria Olenewa.
Ela bolou de levar esse grupo de quatorze moças numa viagem de navio que saía de Santos e parava em todas as capitais da costa até Manaus. Além de me apresentar em todos os teatros de cada cidade, verdadeiros monumentos, os meus pais permitiram que eu viesse com minha colega japonesa, também do grupo, para conhecer o Rio.
Foi quando eu conheci o Jardim de Alah (que você revê, na foto de Marco Antonio Cavalcanti). Depois, embarquei no navio chamado Dom Pedro II no dia seguinte. Voltei quando fiz meu quarto filme, o primeiro aqui no Rio, chamado “Chico Viola Não Morreu”, em 1954. Também vinha para cá uma vez por semana quando fazia ao vivo para a TV Tupi o programa “Alô, Doçura”. Foi um momento marcante, pois meu filho fez muita ponte aérea na minha barriga.
matéria originalmente publicada pelo O Globo - Cultura em 06/04/2008
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