quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Nostalgia: Novelas da Tupi

Um Dia, o Amor foi uma telenovela brasileira produzida pela TV Tupi e exibida de 22 de setembrode 1975 a 29 de maio de 1976, contando 212 capítulos. Foi escrita por Teixeira Filho e dirigida por David Grinberg.Trama
Ricardo e Marília se amaram e namoraram na juventude, mas não se casaram. Tempos depois, ele viúvo e ela casada, moram um em frente ao outro e vivem a se cortejar pelas janelas.Elenco
Carlos Zara - Ricardo
Maria Estela - Marília
Henrique Martins - Amadeu
Rodolfo Mayer - Dr. Maciel
Lélia Abramo - Lucinha
Glauce Graieb - Maria Leonor
Lisa Vieira - Maria Cecília
Nádia Lippi - Maria Isabel
Felipe Carone - Zanata
Luiz Carlos de Moraes - Maurício
Fausto Rocha - Leonardo
Flávio Galvão - Válter
Amilton Monteiro - Marcos
Eleonor Bruno - Emília
Lucy Meirelles - Suely
Renato Restier - Dr. Prado
Edgard Franco - Delegado Bento
Cleyde Yáconis - Maria Eunice
Vera Nunes

Rildo Gonçalves .... CelsoA emissora investia no autor que lhe dera o sucesso Ídolo de Pano e no maior galã da casa, Carlos Zara.
A atriz Cleyde Yáconis entrou para o elenco no decorrer da novela.

Tupi - 18h
de 26 de abril de 1976 a janeiro de 1977
200 capítulos
novela de José Castellar
baseada no original de Abel Santa Cruz
direção de Edison Braga e Atílio Riccó
supervisão de Luiz Gallon
Trama Central
:Os problemas familiares do viúvo Mário com a irmã noviça, Rosário, e sua filha pequena Titina, que conversa coma mãe morta, Laura.
Bastidores:


Uma novela importada devido ao sucesso que fez na América Latina.
A promoção enfatizava a união no video da família Goulart: ao lado de Paulo estava a mulher Nicete, os três filhos (Bárbara, Beth e Paulo "Goulart Filho" Miesse), e a sogra (Eleonor Bruno).
Mas Nicette Bruno, sempre ótima, estava relegada a segundo plano na história, tendo seu talento desperdiçado.
Ainda uma revelação: a então menina Narjara Turetta estreava em novelas ao viver a protagonista. Ela ainda se destacaria na Globo ao interpretar a filha adolescente de Regina Duarte em Malu Mulher. Muitos achavam que Narjara era de fato filha de Paulo Goulart, devido à semelhança entre ela e sua família.
Última novela da Tupi gravada em preto-e-branco.

Elenco:
NARJARA TURETTA - Titina
PAULO GOULART - Mário
ARLETE MONTENEGRO - Laura
SELMA EGREI - Irmã Rosário
NICETTE BRUNO - Sílvia
ELEONOR BRUNO - Madre Superiora
YOLANDA CARDOSO - Helena
SERAFIM GONZALEZ - Renato
BETH GOULART - Irmã Carolina
BÁRBARA BRUNO - Alice
RENATO CONSORTE - Padre Bernardo
JOANA FOMM - Paula
ADRIANO REYS - Estêvão
JONAS BLOCH - Ismael
SÍLVIO ROCHA - Pedro
WALDEREZ DE BARROS - Irmã Matilde
ELIZABETH HARTMANN - Maria da Graça
GLAUCE GRAIEB - Eunice
KIKO DE MICHELI - Henrique
HENRIQUE CÉSAR - Pompeo
LIZETE NEGREIROS - Irmã Natércia
MARA MIRANDA - Dulce
CÉLIA PAIXÃO - Edna
ROGÉRIO MÁRCICO - Diogo
REGINA NOGUEIRA - Irene
WILMA DE AGUIAR - Fernanda
WÁLTER PRADO - Gilberto
PAULO MIESSE (GOULART FILHO) - Demo
LUIZ ANTÔNIO PIVA - Dr. Eugênio
ASSUNTA MANTELLI
Tupi - 20hde 4 de novembro de 1968 a 30 de novembro de 1969 novela de Bráulio Pedroso escrita por Bráulio Pedroso, Eloy Araújo, Ilo Bandeira e Guido Junqueiracriação de Cassiano Gabus Mendesdireção de Lima Duarte e Wálter Avancini
TRAMA: Alberto - ou Beto, como é mais conhecido - é um charmoso representante da classe média-baixa que mora com os pais, Pedro e Rosa, e a irmã, Neide, no bairro de Pinheiros, em São Paulo, e trabalha como vendedor em uma loja de sapatos na Rua Teodoro Sampaio.Com sua intuição e perspicácia, o vendedor Beto se transforma em Beto Rockfeller, primo em terceiro grau de um magnata norte-americano, e consegue penetrar na alta sociedade, através de sua namorada rica, Lu, filha dos milionários Otávio e Maitê. Assim, ele consegue frequentar as badaladas festas e as rodas da mais alta sociedade paulista.
Quem Beto preferirá afinal? A temperamental Lu, garota sofisticada e rodeada de gente importante; ou a inocente Cida, a humilde namoradinha do subúrbio? A contradição será explicada através de seu nome: Beto, humilde e trabalhador do bairro simples, e Rockfeller, sofisticado e badalado da Rua Augusta, lugar muito frequentado pela alta roda nos anos 60.
Enquanto vacila entre os dois extremos, a grã-finagem dobra-se ante seu maniqueísmo, e ele tem de fazer toda ordem de trapaça para que sua origem - que já não é segredo para Renata, uma jovem grã-fina decadente - não seja descoberta. Para se safar das confusões, o bicão Beto conta sempre com a ajuda dos fiéis amigos Vitório e Saldanha.
Uma inovação na televisão brasileira. Enquanto a superprodução era a arma da TV Excelsior para segurar a audiência, a TV Tupi apostava na linha iniciada com Antônio Maria.A idéia inicial da novela foi do então diretor geral da TV Tupi, Cassiano Gabus Mendes. Ele chamou o dramaturgo Bráulio Pedroso para escrever os capítulos, mas como Pedroso era um homem do teatro e pouco entendia sobre televisão, seus textos eram adaptados pelo diretor da novela, Lima Duarte. Cassiano, Bráulio e Lima estavam por trás de uma trama simples, mas que mostrava nova proposta de trabalho para a televisão brasileira.
Beto Rockfeller abandonava a linha de atitudes dramáticas e artificiais que acompanhavam as novelas desde que o gênero havia chegado ao gosto nacional. Na verdade, uma primeira tentativa havia sido feita por Lauro César Muniz em 1966 com Ninguém Crê em mim na TV Excelsior, em que o tom coloquial dos diálogos rompia com os padrões estabelecidos até então. Todavia só mesmo com o trabalho de criação e o posicionamento de modernizar a linha da telenovela, foi possível adaptar o público às novas exigências.
Não só os diálogos mudaram. Tudo passou por uma renovação - a estrutura da história principalmente.O maniqueísmo vigente passa a ser integrante do próprio protagonista; o anti-herói assume os postos até então ocupados por personagens de caráter firme, sensatos, absolutamente honestos e capazes de qualquer proeza para salvar a heroína das adversidades. A sua concepção procurava se aproximar das pessoas comuns; isto é, ter as atitudes boas ou más conforme se apresenta a vida.
Um dos méritos da novela foi dar ao público uma fantasia com gosto de realidade. As notícias que andavam nos jornais da época faziam parte de sua trama. Os fatos mais sensacionais e as fofocas mais quentes eram comentadas por seus personagens.
Beto Rockfeller revolucionou até o modelo de interpretação dos atores, que passou dos exagerados gestos dramáticos para uma forma natural. O próprio Luiz Gustavo fazia questão que o personagem fosse o mais verdadeiro possível. A linguagem era coloquial, os diálogos incorporavam gírias e expressões do cotidiano. Isso fazia com que o público se identificasse com a história. Muitas vezes, os atores improvisavam suas falas, inventando diálogos que não estavam no script, o que também era novo na TV.

Eliminou-se o final de capítulo com "ganchos" forçados. E a direção não se restringiu apenas a marcar os atores em função da câmera. O despojamento dessa marcação provocou a libertação dos atores, no sentido de fazer um trabalho artístico também na televisão.Outra inovação foi a trilha sonora, que deixou de trazer temas sinfônicos tocados por orquestras e utilizou sucessos pop da época, como os Beatles, Rolling Stones e Bee Gees. No entanto, a trilha sonora da novela não foi lançada comercialmente.
Mas nem tudo foi perfeito em Beto Rockfeller. O sucesso fez com que a emissora "espichasse" sua história, e o autor Bráulio Pedroso, em grande estafa, abandonou provisoriamente a sua obra (foi substituído por três autores liderados por Eloy Araújo). Lima Duarte também ausentou-se, sendo substituído pelo diretor Wálter Avancini.
Alguns atores tiraram férias, e muitos dos capítulos eram preenchidos com qualquer "criação" de emergência: um grupo de jovens dançando numa festinha, um personagem caminhando indeciso ou então uma determinada ação, sem diálogos, era acompanhada por alguma música de sucesso. Com uma mudança tão radical, a novela poderia perder audiência, o que não aconteceu.
Tudo o que foi válido serviu de base para as novelas do futuro. Até mesmo as improvisações dentro da falta de organização da época servem de modelo até hoje. Mas, no fundo, se as novelas revolucionavam na sua fórmula, seu conteúdo era mantido o mesmo. Um vaivém em busca da audiência.Como o protagonista, Luiz Gustavo atingiu o auge de sua popularidade e se consagrou como um grande ator da televisão brasileira.
Devido ao seu alongamento, a novela apresentou alguns personagens efêmeros, que sumiam e desapareciam de acordo com a necessidade da história. Assim surgiu Domingos, dono de uma oficina, que só aparecia de costas e que em pouco tempo morreu. Foi o caso também de Secundino, mordomo na mansão do milionário Otávio (Wálter Forster).
Desse personagem o público só conhecia as mãos e a voz misteriosa. Ele também desapareceu sem que seu rosto fosse visto. Tanto Domingos quanto Secundino foram vividos pelo diretor Lima Duarte, que, por sinal, representou pelo menos uns cinco papéis na novela nesse mesmo esquema.Foi em Beto Rockfeller que a novela recebeu, ainda que em caráter não oficial, o primeiro merchandising. Como Beto bebia muito uísque, Luiz Gustavo fez um acordo com um fabricante de um remédio contra ressaca, o Engov, e faturava cada vez que engolia o produto em cena.
O combinado do ator com a empresa do Engov, que estava chegando ao mercado, era: cada vez que Beto dissesse a palavra "Engov", o ator ganharia 3 mil cruzeiros (o salário da Tupi era de 900 por mês). "Só num capítulo, falei 33 vezes, sendo 22 num telefonema!", contou Luiz Gustavo.Beto Rockfeller foi também a primeira novela a utilizar tomadas aéreas. Os técnicos voaram de helicóptero para gravar uma cena de pesadelo do personagem-título.Em 1970, no rastro do sucesso da novela, foi lançado o filme Beto Rockfeller, dirigido por Olivier Perroy, protagonizado pelo ator-personagem Luiz Gustavo, mas sem repercussão.Em 1973, Bráulio Pedroso escreveu uma continuidade: Avolta de Beto Rockfeller, com parte do elenco original. Não conseguiu a repercussão esperada, mas também não comprometeu o personagem.
Hoje, não existem mais os capítulos da novela. O pouco que sobrou de suas filmagens está guardado na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. Quase todos os capítulos foram apagados pela própria Tupi, que usava as fitas para gravar por cima os capítulos seguintes. A Tupi já passava por dificuldades financeiras e todos os projetos que apareciam tinham de ser feitos com baixos custos, mas que trouxessem lucros para a emissora.Elenco e NúcleosLUIZ GUSTAVO - Beto RockfellerBETE MENDES - RenataDÉBORA DUARTE - LuANA ROSA - CidaPLÍNIO MARCOS - VitórioIRENE RAVACHE - NeideWÁLTER FORSTER - OtávioMARIA DELLA COSTA - MaitêMARÍLIA PÊRA - ManuelaRODRIGO SANTIAGO - CarluchoYARA LINS - ClôJOFRE SOARES - PedroELEONOR BRUNO - DirceWALDEREZ DE BARROS - MercedesRUY REZENDE - SaldanhaWLADIMIR NIKOLAIEF - LavitoHELENO PRESTES - TavinhoESTER MELLINGHER - TâniaMARILDA PEDROSO - MilaPEPITA RODRIGUES - BárbaraRENATO CORTE REAL - BertoldoETTY FRASER - Madame WaleskaLIANA DUVALALCEU NUNESLUÍS AMÉRICO - TomásGÉSIO AMADEU - GésioZEZÉ MOTTA - ZezéMARILU MARTINELLILOURDES MORAES - MagdaJAYME BARCELLOS - FernandoDIAS BARRETO - SecundinoLIMA DUARTE - Domingos / Duarte / Manoel Maria / Conde Wladimir / Secundino
Trilha Sonora *
01. F... COMME FEMME - Adamo (tema de Renata)
02. HERE, THERE AND EVERYWHERE - The Beatles (tema de Neide)
03. I STARTED A JOKE - Bee Gees (tema de Maitê)
04. SENTADO À BEIRA DO CAMINHO - Erasmo Carlos (tema de Beto)
05. ESTÁCIO HOLLY ESTÁCIO - Luiz Melodia
06. NOBODY BUT ME - Human Beinz
07. KID GAMES AND NURSERY RHYMES - Shirley & Alfred
08. SURFER DAN - The Turtles
09. I´M GONNA GET MARRIED - Sunday
10. ABRAHAM, MARTIN AND JOHN - Moms Mabley
11. YOU´VE GOT YOUR TROUBLES - Jack Jones
12. THE N´ CROWD - Jack Jones
13. DIO COME TI AMO - Gigliola Cinqueti (tema de Cida e Vitório)
14. SUNFLOWER - Mason Williams (tema de Neide)
* A novela não teve trilha sonora oficial lançada comercialmente. Essas são algumas das músicas tocadas na novela.

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