terça-feira, 31 de agosto de 2010

Trilhas Sonoras: PARAÍSO TROPICAL

PARAÍSO TROPICAL

"Paraíso Tropical" é uma novela que estreou enfrentando muitas dificuldades, e enfrentou muitas barreiras para chegar ao sucesso que se vê hoje. A trama começou excelente, recebendo as melhores críticas, porém, faltou o principal - pelo menos para a emissora -: a audiência. A novela estreou com o menor ibope dos últimos anos, e este só fez cair, até chegar a míseros 34 pontos de média, pouco mais da metade que uma novela das oito consegue habitualmente. Para que o público se ligasse na novela, foram necessárias algumas mexidas, mas nada que tenha interferido na história da trama. O que se fez foi acelerar os acontecimentos e eletrizar a ação das cenas. Pronto, a audiência se estabilizou e a novela foi considerada sucesso.

As trilhas sonoras não deixam a desejar, apesar de estarem muito aquém das expectativas. Na nacional, temos uma das piores capas dos últimos anos, com o casal de mocinhos, Paula (Alessandra Negrini) e Daniel (Fábio Assunção), em uma foto que mais mexicana impossível. Aliás, a Som Livre tem que parar com essa história de foto de divulgação para capas de cds. Faz tempo que não vejo uma trilha com um ensaio feito especialmente para o disco. Mas enfim, voltamos ao cd de "Paraíso Tropical", que vem recheado de grandes nomes da música brasileira. A "queridinha" da Som Livre, que anda tendo que dividir o posto com Marisa Monte e Vanessa da Mata, retorna as trilhas mostrando que não quer perder terreno. Ana Carolina aparece com três músicas do cd: "Carvão", interpretada por ela mesma, e que serviu de tema para o casal da "retomada da audiência", Lucas (Rodrigo Veronese) e Ana Luísa (Renée de Vielmond); "Ruas de Outono", composição sua, na voz de Gal Costa, e que serve de tema para Lúcia (Glória Pires), e por fim, "Cabide", que ganhou as rádios na interpretação de Mart'nália, servindo de tema para o malandro e aprendiz de vilão, Ivan (Bruno Gagliasso). Quem também está com a bola toda na Som Livre é Elis Regina. Todas as trilhas recentes de novela possuem uma canção sua ("O Profeta", "Pé na Jaca" e "Eterna Magia"). Em "Paraíso Tropical", ela aparece com "É Com Esse Que Eu Vou".

Erasmo Carlos e Chico Buarque fazem um excelente parceria em "Olha", tema do casal de protagonistas, Paula (Alessandra Negrini) e Daniel (Fábio Assunção). Outro incrível dueto da trilha acontece em "Preciso Dizer que Te Amo", trazendo os intérpretes Cazuza e Bebel Gilberto. Adorei a versão voz-violão da canção, mas alguns não gostaram e defenderm que a versão em estúdio. As regravações também têm lugar cativo no cd, como o remanescente dos anos 80, Toni Platão, interpretando a brega "Impossível Acreditar que Perdi Você", que já esteve presente na trilha da novela "A Indomada". Milton Nascimento também aposta nas regravações, e traz a clássica bossa-nova "Samba do Avião" para servir como tema da Copacabana da novela.

Bebel, a personagem brilhantemente interpretada por Camila Pitanga, é a mais popular da novela, e fez por merecer as duas músicas que lhe servem de tema: "Não Enche" e "Difícil". A primeira é interpretada por Caetano Veloso, e foi resgata para a trilha pelo próprio Gilberto Braga, que já teve a canção presente na trilha sonora de sua minissérie, "Labirinto". Já a segunda canção, resgata a participação de Marina Lima em trilhas, e tem uma pegada mais sensual, coisa que Bebel tem de sobra. Merece destaque ainda, "Espatódea", a delicada canção que Nando Reis fez para sua filha, e que entrou na trilha, como tema de Fred (Paulo Vilhena) e Camila (Patrícia Werneck); e por fim, "Sábado em Copacabana" a polêmica canção que movimentou as primeiras discussões sobre a novela. Muitos não gostaram da canção na abertura da novela, diziam ser muito lenta. Cogitou-se até mesmo trocar a abertura de "Paraíso Tropical". Porém, o tema se manteve, assim como a abertura, e hoje, a canção já é uma das marcas da novela.

Paraíso Tropical Nacional

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Capa: Paula (Alessandra Negrini) e Daniel (Fábio Assunção)

01. Carvão - Ana Carolina (tema de Lucas e Ana Luísa)
02. Impossível Acreditar que Perdi Você - Toni Platão (tema de Joana)
03. Ruas de Outono - Gal Costa (tema de Lúcia)
04. Samba do Avião - Milton Nascimento (tema de locação - Copacabana)
05. Você Não Sabe Amar - Nana Caymmi (tema de Cássio)
06. Você Vai Ver - Miúcha (tema de Gustavo e Dinorah)
07. Sábado em Copacabana - Maria Bethânia (tema de abertura)
08. Olha - Erasmo Carlos & Caetano Veloso (tema de Paula e Daniel)
09. Cabide - Mart'nália (tema de Ivan)
10. Não Enche - Caetano Veloso (tema de Bebel)
11. Difícil - Marina Lima (tema de Bebel)
12. Espatódea - Nando Reis (tema de Fred e Camila)
13. Existe um Céu - Simone Guimarães (tema de Fabiana)
14. Preciso Dizer que Te Amo - Cazuza (tema de Mateus e Camila)
15. É Com Esse que Eu Vou - Elis Regina (tema de locação - Copamar)
16. Vatapá - Danilo Caymmi (tema de locação - Marapuã)
17. Alcazar - Roger Henri

PARAÍSO TROPICAL INTERNACIONAL

A trilha internacional, foi lançada recentemente, e traz na capa a personagem mais querida da novela, Bebel. Novamente, foi usada uma foto de divulgação, mas sem sombra de dúvidas, a capa com Camila Pitanga, deixa a do nacional no chinelo. O cd pode ser considerado uma trilha de qualidade, onde encontram-se intérpretes de diversos segmentos. Dominando as rádios do país, James Morisson faz a sua estréia em trilhas de novela, com "You Give Me Something", tema do mais novo casal da novela, Gilda (Luli Miller) e Gustavo (Marco Ricca). Conquistando cada vez mais fãs, John Legend também deixa sua marca com "P.D.A. (We Just Don't Care)", que teve seu clipe gravado pelos pontos turísticos do Rio de Janeiro. Paolo Nutini também vai seguindo a trilha do sucesso com a baladinha "Last Request".

Também no caminho de ser tornar um "queridinho" da Som Livre, Michael Bublé aparece com uma regravação do grande sucesso "Me and Mr. Jones", inesquecível na voz de Billy Paul. Em "Paraíso Tropical", a música serve de tema para o casalzinho adolescente, cheio de conflitos, formado por Mateus (Gustavo Leão) e Camila (Patrícia Werneck). Aliás, o que não falta na trilha da novela é reviver o passado. Temos Caetano Veloso, interpretando "The Man I Love", tema da sofrida Joana (Fernanda Machado), Sergio Mendes, acompanhado do Brasil' 66, com "So Many Stars", além de é claro, Harry Nilsson, e a versão original de "Without You". A música, tema do amor do casal principal, Paula (Alessandra Negrini) e Daniel (Fábio Assunção), é outra que já teve lugar cativo na trilha da minissérie "Labirinto", além de já ter sido interpretada por diversos cantores, como Mariah Carey, Air Supply, entre outros...

Vilã também merece um tema, e o de Taís (Alessandra Negrini) não fica devendo absolutamente nada à canção dos mocinhos. Suas ações e planos mirabolantes são acompanhados pela sensual canção de B. B. King, "The Thrill Is Gone". Não menos sensual, "Mon Manége à Moi" de Etienne Daho, também se destaca na novela. Não só por ser tema do inusitado casal Olavo (Wagner Moura) e Bebel (Camila Pitanga), mas por seguir uma nova tendência iniciada em "Belíssima", que é ter um canção em francês na trilha internacional. Michael Bolton traz novamente um tema para uma personagem de Glória Pires, tal qual oorreu em "Belíssima". Só que aqui, ao invés de a canção "You Got To My Head" servir de tema para um personagem seu com o de Tony Ramos, o par foi trocado, e a música serve de tema para Lúcia (Glória Pires) e Cássio (Marcello Antony).

Vale destacar ainda, o sempre presente Rod Stewart, com "Have You Ever Seen The Rain?"; Madeleine Peyroux, com "Summerwind"; "Breenzin'" num dueto de George Benson e Al Jarreau; "Since I Fell You Love" de Gladys Knight, além de "Dream Dancing", de Ella Fitzgerald, uma das divas do jazz, e que domina as cenas românticas do casal, Antenor (Tony Ramos) e Lúcia (Glória Pires)

Paraíso Tropical Internacional

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Capa: Bebel (Camila Pitanga)

01. You Give Me Something - James Morrison (tema de Gilda e Gustavo)
02. Last Request - Paolo Nutini
03. P.D.A. (We Just Don´t Care) - John Legend
04. Have You Ever Seen The Rain? - Rod Stewart
05. Without You - Harry Nilsson (tema de Paula e Daniel)
06. Me and Mrs. Jones - Michale Bublé (tema de Mateus e Camila)
07. Since I Fell For You - Gladys Knight
08. You Go To My Head - Michael Bolton (tema de Lúcia e Cássio)
09. Summerwind - Madeleine Peyroux
10. Mon Manége à Moi - Etienne Daho (tema de Bebel e Olavo)
11. Chaya Chaya - Nukleouz & DJ Seduction
12. The Thrill Is Gone - B.B. King (tema de Taís)
13. Breenzin´ - George Benson & Al Jarreau
14. The Man I Love - Caetano Veloso (tema de Joana)
15. So Many Stars - Sérgio Mendes & Brasil ´66
16. Dream Dancing - Ella Fitzgerald
17. I´m Sorry - Brenda Lee
18. Vida Mía - Nora Rocca

A partir dos anos 50, a teledramaturgia começou a ser desenvolvida no Brasil para hoje formar um dos produtos culturais de maior aceitação popular no país: a telenovela. A década de 70 marcou a primeira etapa do desenvolvimento do "monopólio" que a Rede Globo tem em relação à produção de telenovelas. Poder que se mantém até hoje com a popular "novela das 8", que vai ao ar no horário nobre, tem capítulos para aproximadamente 8 meses e possui os maiores pontos de audiência de todo o país. Por mais que o monopólio global possa ajudar no desenvolvimento da técnica nas telenovelas, está a população brasileira tão acostumada aos clichês e padrões, provenientes deste monopólio, das atuais telenovelas? Sendo clichês absurdamente superficiais, especialmente em novelas do horário nobre, a ilusão que estes supostos programas de entretenimento provocam na população é praticamente explícita.

Paraíso Tropical, cuja produção estreou em 5 de março de 2007, ficando no ar até 28 de setembro do mesmo ano, foi uma telenovela global do horário nobre com 179 capítulos. Mantendo firme o padrão da cidade-cenário das telenovelas da Globo, Paraíso Tropicalpassa-se no Rio de Janeiro, mais especificamente no bairro de Copacabana. A trama da telenovela se estende em diversos núcleos de condições financeiras altas, enquanto os personagens mais pobres se limitam às garotas de programa como Bebel, interpretada por Camila Pitanga, garota que ambiciosa que anseia pela alta classe do Rio durante toda a novela.Em muitas telenovelas da Globo, os enredos sempre tentam chegar à camada pobre da população, mostrando algum cenário de outra zona do Rio, por mais discretos que possa ser. Entretanto, em Paraíso Tropical, as cenas que se fecham à “mostrar” a cara do Rio de Janeiro se limitam à paisagens belíssimas, tropicais, em cores e focos altamente atrativos, estereotipando a cidade superficialmente como se a “outra parte” do Rio não existisse.Paraíso Tropical trás aos brasileiros muitos outros estereótipos, sempre exterminando a pobreza, verdadeira realidade da maioria na cidade e no país. Só assistindo à entrada da novela, é percebível o quão a telenovela se centra emCopacabana, tendo como música-tema da abertura é Sábado em Copacabana, interpretado por Maria Bethânia. Por mais que a novela tenha como tema central Copacabana, é rara as gravações de cenas externas. Quase sempre são cenas gravadas no Projac do Rio de Janeiro em casas ou apartamentos enormes e luxuosos. Todos os núcleos da trama são sempre envolvidos com a alta classe do Rio. Os assuntos do núcleo sempre envolvem dinheiro, mas nunca como problema gravíssimo como a miséria ou a fome, até mesmo dentro do núcleo de prostitutas. Os estereótipos de maiores problemas dos personagens variam de desilusões amorosas à mal relacionamento familiar, contrastando, como sempre, com a realidade carioca e brasileira.

O merchandising dentro da telenovela Paraíso Tropical está presente em praticamente todos os capítulos, desde shampoos à bancos. A cantora Ivete Sangalo foi convidada a fazer uma participação na novela não como uma ponta que se relacioná-se à algum personagem, mas sim como garota-propaganda de um shampoo. A telenovela também consta com show de famosos como o de Milton Nascimento, trazendo outros famosos à assistir como a dupla Sandy&Júnior e Wanessa Camargo. Shows sempre reservados à alta classe, só no último capítulo, Paraíso Tropical fez uma homenagem completamente clichê, que já havia sido feita em outras telenovelas, mostrando toda a equipe técnica, sorrindo, rindo e batendo palmas no show, como se fossem as pessoas mais felizes e sortudas do mundo por trabalharem na telenovela.

Paraíso Tropical é mais uma telenovela global com os mesmos padrões, mas que continua “entretendo” brasileiros repletos de ilusão durante toda sua transmissão. Esta ilusão compromete a integridade nacional da população, o entendimento, a compreensão da atual realidade do país que é totalmente quebrada e esquecida por um simples programa de televisão. Além disso, também compromete a identidade cultural de cada brasileiro, que pode estar completamente iludido com o que lhe é concebido, pensando que a ficção de um paraíso tropical é comum e é maioria no país. Como o brasileiro pode encarar isso se tudo que tem condições de ter acesso não se enquadra à sua realidade? A tevê aberta, por mais “fechada” e monopolizada que seja, continua controlando a população que assiste às suas produções fictícias, tornando-as como objetivo de vida, como o ideal de vida, a ideal realidade brasileira, enquanto ela é completamente oposta e o entretenimento tenta fingir que não existe. Paraíso tropical? Que ironia. Clarisse de Almeida
Com o blog Teledramaturgia Uol

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

SBT e a criação de uma oficina de atores

  • Equipe técnica do SBT grava as primeiras cenas da novela Corações Feridos em agosto de 2010, em uma fazenda de café na cidade de Serra Negra, interior de São Paulo

Equipe técnica do entrSBT grava as primeiras cenas da novela "Corações Feridos" em agosto de 2010, em uma fazenda de café na cidade de Serra Negra, interior de São Paulo A criação de uma oficina de atores novamente na pauta de discussões do SBT. Uma investida que é vista com bons olhos na casa.
Na verdade um curso, que aos interessados pode ser uma importante porta de entrada na televisão, porque tem como principal objetivo a formação do artista na sua totalidade: preparação corporal, improvisação, dramaturgia, enfim tudo. "Malhação" é um bom exemplo de produção da Globo - mas não a única- que, em suas temporadas, sempre deu espaço aos artistas preparados nas suas oficinas.
A Record, já de algum tempo, faz a mesma coisa.
É evidente que, em se tratando de SBT, seria uma alternativa de médio ou longo prazo, porque isso demora um tempo e ainda não existem condições de se montar um elenco sem o apoio das agências especializadas do Rio e de São Paulo. Ou até recorrer a artistas que não estão presos às concorrentes. Mas é um caminho.
Principalmente, se lembrarmos que muitas das estrelas que hoje brilham na concorrência deram seus primeiros passos nas novelas do SBT --casos de Ana Paula Arósio e Bruno Gagliasso, por exemplo.
Encontro
O autor Tiago Santiago troca o Rio por São Paulo ainda nesta semana. Ele vai se reunir com o pessoal do SBT, para as primeiras decisões do seu novo trabalho, ambientado no período da ditadura militar no Brasil. O texto do primeiro capítulo está praticamente pronto.
Segundo se informa, o autor pretende usar no título, que ainda não foi registrado, a palavra "Revolução" e mais um complemento.
Portanto, internamente, o nome provisório é "Revolução".
Prioridade absoluta
Mas tem uma coisa: hoje, no setor de novelas do SBT, "Corações Feridos", de Iris Abravanel, tem preferência sobre tudo. A ordem para toda a teledramaturgia é concentrar energia e esforços em torno dessa estreia, confirmada para o dia 8 de novembro.
Do Uol Televisão

Eva Wilma, Laura Cardoso e Nathalia Timberg discutem a história e a importância das novelas na cultura brasileira e a novela "Os Imigrantes" de volta

Veteranos da televisão como as atrizes Eva Wilma, Laura Cardoso e Nathalia Timberg se reunem a partir de terça-feira, dia 27 de julho, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no Rio, para discutir a história e a importância das novelas na cultura brasileira.
O ciclo de debates, que começa com uma homenagem a Regina Duarte, faz parte das comemorações dos 60 anos da chegada da TV ao país.

São, ao todo, nove encontros, que reunião ainda os autores Silvio de Abreu e Lauro Cesar Muniz, além de Alvaro de Moya, diretor da extinta TV Excelsior, e Ana Rosa, que já fez um total de 46 novelas, entrando para o “Guiness Book” como a atriz que mais fez televisão no Brasil. Artur Xexéo, colunista do jornal "O Globo", falou de Janete Clair, sobre quem já escreveu uma biografia.
Os encontros, gratuitos, acontecem às terças, às 18h30m. Há distribuição de senhas para entrar uma hora antes.

Rubens de Falco (Maximiliano) e Nathália Timberg (Charlotte) na novela "A Rainha Louca" (Rede Globo - 1967)

Em Tempo:
E a novela "Os Imigrantes", do Benedito Ruy Barbosa, produzida pela TV Bandeirantes em 1981, está sendo exibida pela Ulbra TV, uma emissora da Universidade Luterana do Brasil, com sede em Porto Alegre, e que hoje atinge diversos pontos do país. Vai ao ar diariamente, às 13h50, depois do horário político.


Escrita pelo novelista Benedito Ruy Barbosa na década de 80, a novela “Os Imigrantes” é um dos lançamentos da nova programação da Ulbra TV. A trama será exibida dentro da Sessão “Do Baú”, que relembra clássicos da televisão. De segunda a sexta, às 13:00 e às 21:30.
Yoná Magalhães
Yoná Magalhães
Já nessa criação, Barbosa mostrava seu prazer em retratar a história da imigração no país, que repetiria em tramas como “Terra Nostra” e “Esperança”.Em “Os Imigrantes”, é contada a história dos imigrantes que ajudaram a construir o Brasil no século XX. O início foi com a chegada de três Antônios: um italiano, um português e um espanhol.
Fúlvio Stefanini
Fúlvio Stefanini
A novela acompanha a trajetória de cada um deles, suas histórias de amor e lutas em um país diferente, e também o que acontece com seus descendentes em terras que eles ajudam a formar.Rubens de Falco, Othon Bastos e Altair Lima protagonizam como os Antônios. No elenco, ainda nomes como Herson Capri, Yoná Magalhães, Lúcia Veríssimo, Norma Bengell, Paulo Betti, Solange Couto, Lília Cabral, Ricardo Blat, Denise del Vecchio, Fúlvio Stefanini, entre outros.
Ricardo Blat, Paulo Betti e Denise del VecchioRicardo Blat, Paulo Betti e Denise del Vecchio

Ex-Ídolos devem ganhar espaço na nova versão de "Rebelde"

Ex-Ídolos devem ganhar espaço em "Rebelde"
A Record deve escalar alguns dos participantes de "Ídolos" para "Rebelde", primeira novela musical que produzirá ao lado da Televisa.
Chay Suede é um dos que poderão estar em "Rebelde"
Divulgação
Chay Suede, que é um dos favoritos para vencer a terceira temporada, seria um dos que estrelaria o folhetim. Além dele, Rafael Barreto, vencedor da edição de 2008, também deve ganhar um papel em "Rebelde". Thaeme Marioto, destaque da segunda temporada de "Ídolos" enquanto o mesmo era produzido pelo SBT, é outra que fez um teste para a adaptação brasileira.
Apesar de haver cogitação de nomes, ainda não há nenhuma informação oficial à respeito dos protagonistas de "Rebelde". Os testes continuam ocorrendo e Margareth Boury, responsável pelo texto, segue com seus trabalhos.
"Rebelde" ainda não tem o seu grupo fechado. Entre os nove jovens recentemente escolhidos, não foi possível para a Record selecionar seis --três homens e três mulheres-- e com eles formar o grupo musical da novela.Segundo se informa, o diretor musical Marco Camargo sugeriu uma nova bateria de testes. A palavra final de tudo, no entanto, será do diretor geral da dramaturgia, Hiran Silveira.
"Rebelde" poderá ser adiada para 2011 na Record

Com a produção avançando de forma lenta e com a aproximação do fim do ano, a adaptação de
"Rebelde" poderá ser adiada para 2011 na Record. O folhetim, que será escrito por Margareth Boury, tinha estreia agendada para novembro.
Remake de sucesso mexicano poderá ser adiado para 2011 na Record
Segundo a coluna Canal 1, a direção da emissora paulista entende que, devido à queda no número de televisores ligados no período de férias, não seria prudente estrear alguma produção nessa época.
Caso o adiamento de "Rebelde" seja confirmado, a Record poderá completar um ano com apenas uma novela em sua grade de programação. Desde o início de março, com o fim de
"Poder Paralelo", a emissora extinguiu, de forma temporária, um dos dois horários destinados aos folhetins com promessa de retorno para julho.
Do Na Telinha e coluna do Flávio ricco

Eva Wilma na seção "O Rio de..."

Uma das grandes atrizes brasileiras, a paulista Eva Wilma, 76 anos, mantém relação de uma vida inteira com a terra carioca. Aqui, viveu boa parte de sua carreira, no teatro, na televisão e no cinema.

Hoje, segue na ponte aérea, para dar vida à Cândida, sua personagem na novela "Araguaia". A história de amor com a cidade marca a presença da grande Eva (a diva está acima, feliz da vida, na foto de Simone Marinho) na seção "O Rio de...", parada dominical obrigatória aqui no site da turma da coluna.

A atriz cita um carioca genial, recomenda - entre muitos programas - um dos nossos principais parques e desfia um emocionante rosário de lembranças. Um carioca: Millôr Fernandes, porque ele tem um bom humor invejável (como você confere, pela lente de Marcos Ramos).

Um amigo no Rio: Nossa, vários. Mas vou citar Antonio Gilberto, diretor de teatro. Porque vamos ao teatro juntos e conversamos bastante sobre os espetáculos e sobre dramaturgia de uma forma geral.Um programa:Todos que impliquem natureza. Teria que nomear pelo menos 10, é a cidade maravilhosa.

Tem passeios infinitos, só o Jardim Botânico (veja o Jardim Bíblico, abaixo, na foto de Fábio Rossi) já dá para fazer um mês de exploração na natureza. Um lugar para comer: Qualquer botequim na esquina. Costumo comer parcimoniosamente e usufruir de companhia. Não vou sozinha.

Aqui Com Bibi Ferreira

Uma paisagem: O horizonte do mar, no Leblon, onde eu tenho meu apartamento, que chamo de minha “casa de praia”. Uma recordação da cidade: Como sou atriz, tenho uma recordação de teatro, cinema e TV. Quando eu tinha 14 anos, a idealizadora do corpo de baile do Teatro Municipal era minha mestra em São Paulo e me convidou para integrar o São Paulo Ballet de Maria Olenewa.

Ela bolou de levar esse grupo de quatorze moças numa viagem de navio que saía de Santos e parava em todas as capitais da costa até Manaus. Além de me apresentar em todos os teatros de cada cidade, verdadeiros monumentos, os meus pais permitiram que eu viesse com minha colega japonesa, também do grupo, para conhecer o Rio.

Foi quando eu conheci o Jardim de Alah (que você revê, na foto de Marco Antonio Cavalcanti). Depois, embarquei no navio chamado Dom Pedro II no dia seguinte. Voltei quando fiz meu quarto filme, o primeiro aqui no Rio, chamado “Chico Viola Não Morreu”, em 1954. Também vinha para cá uma vez por semana quando fazia ao vivo para a TV Tupi o programa “Alô, Doçura”. Foi um momento marcante, pois meu filho fez muita ponte aérea na minha barriga.

matéria originalmente publicada pelo O Globo - Cultura em 06/04/2008

domingo, 29 de agosto de 2010

Anos Dourados - Minissérie de Gilberto Braga

Anos Dourados - Minissérie de Gilberto Braga
A minissérie “Anos dourados”, de Gilberto Braga foi exibida pela Rede Globo em 1986, às 22h30. Uma das melhores produções da Globo. Um bom texto do autor Gilberto Braga, com um irresistível apelo nostálgico, aliado a uma escalação de elenco bem feita.

(Felipe Camargo e Malu Mader)
Na direção dos seus 20 capítulos esteve Roberto Talma, sob a supervisão de Daniel Filho, eles deram ao público um espetáculo inesquecível. O tema de abertura era a canção homônima de Tom Jobim.A minissérie trazia para a TV o Rio de Janeiro da segunda metade dos anos 50 – mais precisamente a Tijuca, bairro da classe média carioca de tradição conservadora.
Nesse momento, o Brasil era governado por Juscelino Kubitschek, e o país vivia um clima de otimismo. A política e a cultura traziam ares de progresso e desenvolvimento.Romantismo era a palavra-chave dessa trama, que tinha como protagonistas Lurdinha (Malu Mader) e Marcos (Felipe Camargo), dois jovens que se apaixonaram à primeira vista. Ela era uma normalista, estudante do Instituto de Educação, uma moça tímida, submissa e muito doce. Ele, aluno do tradicional Colégio Militar, um rapaz íntegro e puro.
Os dois se conheceram durante um baile e dançaram ao som das grandes orquestras, rosto no rosto, com a música de Nat King Cole (“When I fala in Love”), mas também dançaram ao som de “Anos dourados” de Tom Jobim. A romântica cena é um marco na história da teledramaturgia.
(Cláudio Correia e Castro e Yara Amaral).Tudo parecia perfeito para os dois jovens, mas a família de Lurdinha proibiu o namoro dela com rapaz por ele ser filho de pais separados. Os pais da moça, Dr. Carneiro (Cláudio Corrêa e Castro) e Dona Celeste (Yara Amaral), tentaram de todas as maneiras afastarem a filha do rapaz.
Lurdinha não tinha diálogo com sua família, que era extremamente convencional, e não conseguia defender o amor que sentia por Marcos. Sua mãe era uma dona-de-casa conservadora, voltada para a educação dos filhos, extremamente preconceituosa e sempre preocupada com as aparências.
Enquanto, o marido, Dr. Carneiro, era um pediatra renomado, um exemplo de bom pai e marido. Admirador ferrenho de Carlos Lacerda, também era extremamente moralista.Paralelamente à trama de Marcos e Lurdinha, desenvolvia-se a história de amor entre a mãe de Marcos, Glória (Betty Faria), e o major Dorneles (José de Abreu).
O conflito desse casal maduro, em contraponto com os jovens apaixonados, era o adultério. Dorneles era casado com Beatriz (Nívea Maria), com quem teve três filhos: Lauro (Rodolfo Botino), Marina (Bianca Byington) e Solange (Isabela Bicalho).
O casamento estava fracassado, mas Dorneles não conseguia romper com a instituição da família. Glória, por sua vez, era discriminada por ser desquitada. Ela trabalhava como caixa em uma boate elegante de Copacabana, a Glamour, e foi também discriminada por trabalhar, principalmente em uma boate.
Mãe dedicada e amorosa, Glória sempre atendeu às necessidades do filho, seu grande companheiro, de quem cuidou sozinha a vida inteira. Ao conhecer Dorneles, ela se apaixonou, sem saber que ele era casado. Ele também se apaixonou verdadeiramente por ela, mas não sabia como lidar com a situação e escondia que tinha família. Dorneles passou a viver um conflito: como enfrentar a mulher, uma boa esposa, os filhos e a sociedade para viver um grande amor?A trama dava uma reviravolta, e Glória acabou descobrindo que Dorneles era casado. Arrasada, ela decidiu se afastar dele. O ex-marido de Glória era Cláudio (Milton Moraes), a quem ela chamava de Morreu. Músico de uma orquestra, ele era irresponsável e estava sempre com dificuldades financeiras.
(Taumaturgo e Isabela).
Outro jovem casal também teve papel fundamental na narrativa: Urubu (Taumaturgo Ferreira) e Rosemary (Isabela Garcia). Urubu era um animado galanteador, que não se separava de seus óculos de aro preto, iguais aos do ator James Dean, no filme “Juventude transviada”. Rosemary, por sua vez, era amiga de Lurdinha, a mais avançada das meninas de sua turma, sempre com idéias modernas para o seu tempo.

Mesmo com a proibição dos pais, Lurdinha não deixou de se encontrar com Marcos. Ela não revelava a ele que escondia o namoro de sua família. Ele insistia em conhecer os pais da moça, mas ela acabava sempre inventando uma desculpa. Até que, um dia, Marcos apareceu sem avisar na casa de Lurdinha e perguntou a Celeste e Carneiro se eles viam com simpatia o namoro dos dois.
(Isabela Garcia)
Desconcertados ao descobrirem a mentira da filha, eles trataram o rapaz com simpatia, mas inventaram que Lurdinha estava de castigo por conta de notas baixas e não poderia vê-lo. Os pais de Lurdinha decidiram, então, aceitar o namoro da filha com Marcos, acreditando que, concedendo permissão para o romance, ela logo se se desinteressa dele, pois, segundo eles, o "fruto proibido" estava motivando a filha.
Com o tempo, Marcos e Lurdinha passaram a viver o conflito de se sentiram sexualmente atraídos um pelo outro e serem tomados por um grande sentimento de culpa, já que, na época, sexo antes do casamento era tabu.Lurdinha chegou a perguntar para a mãe se era normal sentir desejo pelo namorado, e Dona Celeste, sempre repressora, responde: “Sexo é pecado. A mulher só pratica o sexo depois de casada, para satisfazer o marido”.
Marcos também recorreu ao pai para conversar sobre o assunto, e ele o aconselhou a procurar uma prostituta, mas o rapaz só pensava em Lurdinha.
Junto com Urubu e Gracindo (Jece Valadão), ele foi a um bordel, mas não conseguiu ter relações com nenhuma mulher. Então, decidiu sair com Rosemary, a moça mais transgressora da turma.
Resultado, Lurdinha flagrou os dois aos beijos e, arrasada, rompeu com Marcos. Ela, por sua vez, decidiu sair com Lauro, que sempre a paquerou. Marcos ficou surpreso ao descobrir que Rosemary, na realidade, era virgem e se assustou ao perceber que ela estava apaixonada por ele. Urubu revelou a Lurdinha as razões que levaram seu namorado a procurar Rosemary, e ela ficou feliz em saber os motivos.
No capítulo 15, ela procurou Marcos, disse que o amava e que queria se casar com ele. Os dois, apaixonados, se amaram, em mais uma cena marcante da minissérie.
Depois de muitos conflitos, Marcos e Lurdinha terminaram juntos e felizes. Dr. Carneiro, para o choque de todos, cometeu suicídio, ao descobrirem que ele tinha uma amante, Vitória (Lúcia Alves).
Celeste entrou em uma crise de depressão e não conseguia superar o duro golpe. Por outro lado, Dorneles finalmente se separou de Beatriz e foi morar com Glória. Beatriz decide voltar a estudar e dar um novo rumo em sua vida.
Os diálogos dos personagens procuravam reproduzir a típica dubiedade que marcava a época entre conservadorismo de costumes e discurso desenvolvimentista. Em determinado momento da trama, por exemplo, retrucando uma observação de sua mulher, Dr. Carneiro diz: “Aqui em casa não entra mulher desquitada, getulista e nem ateu”. Em outra cena, o personagem diz que a cidade de Brasília, já em construção, é “um sonho louco de um político irresponsável”. Primorosos, os diálogos da minissérie que reuniam gírias, cacoetes e expressões dos anos de 1950, o que acabava revelando com fina ironia os preconceitos e as convicções dos personagens.
O trabalho das equipes de figurino, cenografia e direção de arte merecem destaque, pela primorosa reconstituição de época, que reproduziu com exatidão o Rio de Janeiro dos anos de 1950.
Para compor esse clima, os personagens circulavam em cadilac e automóveis rabo-de-peixe. A juventude exibia uniformes dos tradicionais colégios públicos cariocas daquele período. Nos bailes de formatura, os pares dançam de rosto colado e a bebida que circula é o cuba libre.
Os rapazes usam topetes com brilhantina, e as moças desfilam seus vestidos rodados feitos de tule. Alguns homens também adotam um visual inspirado no filme "Juventude transviada", de Nicholas Ray, como o personagem Urubu, enquanto muitas mulheres lançam mão do corte de cabelo conhecido na época como “taradinha”, curto, mas com movimento, feito com pega-rapazes na franja.
Para dar vida à sua personagem, a atriz Betty Faria adotou esse corte, inspirada em Gina Lollobrigida, no filme “Trapézio” (1956). O telespectador reconhecia em cena objetos dos anos 1950, como xícaras e louças em geral, licoreira em forma de boneca, canetas-tinteiro, rádios, entre muitos outros objetos e adereços que compunham os cenários.
O diretor Roberto Talma conta que transformou a rua de um condomínio em Jacarepaguá em cidade cenográfica. Ele lembra que, às vezes, era preciso pintar os postes das ruas de preto, pois não havia postes de cimento nos anos 50, só de ferro.
Curiosidades:- O título “Anos Dourados” foi idéia de Daniel Filho. Ele conta que havia um projeto da Casa de Criação Janete Clair para produzir minisséries sobre diferentes épocas da história do Brasil. Criada em 1985, por Dias Gomes, a Casa de Criação Janete Clair tinha o objetivo de elaborar e selecionar roteiros para as produções de teledramaturgia da emissora. A partir dessa idéia, foi decidido que a década de 1950 ficaria com Gilberto Braga. Para a trama sobre os anos de 1960, Gianfrancesco Guarnieri foi o nome sugerido.
No entanto, Guarnieri acabou se envolvendo em outros projetos da emissora, a Casa de Criação Janete Clair fechou e, anos depois, o mesmo autor dos “Anos Dourados”, Gilberto Braga, veio a escrever a minissérie “Anos Rebeldes”, retratando o duro período de repressão do regime militar.Além de realizar pesquisas de época e recorrer à sua própria memória, Gilberto Braga também se reuniu com amigos e conhecidos que viveram “os anos dourados” e aproveitou suas histórias. A cena, por exemplo, em que Marcos pula o muro da escola para encontrar Lurdinha às escondidas, foi escrita a partir desses testemunhos.
A minissérie “Anos Dourados” marcou a estreia na Globo de Felipe Camargo, que recebeu inúmeros elogios pelo seu trabalho como o doce e apaixonado Marcos. O desempenho como Lurdinha também rendeu elogios à atriz Malu Mader.Gilberto Braga foi responsável pela edição da história em DVD.
Não podemos deixar de comentar o excelente trabalho da inesquecível Yara Amaral como a conservadora e moralista mãe da personagem Lourdinha.Todas as informações deste texto e as imagens que o ilustram foram pesquisas em sites da Internet, do Projeto Memória Globo e no arquivo de O Globo.

Francisco Cuoco e Irene Ravache em passione

Em "Passíone", novela de Sílvio de Abreu, exibida pela Rede Globo, às 21h, os atores Francisco Cuoco e Irene Ravache, o casal Olavo e Clô, se tornaram o par preferido do público e o mais engraçado da trama.
Francisco Cuoco e Irene Ravache gravam cena de 'Passione' na Lapa Foto: Onofre Veras/AgNews
Francisco Cuoco, aos 77 anos, faz parte da geração dos grandes galãs da teledramaturgia brasileira, ao lado de Carlos Alberto, Cláudio Marzo e Tarcísio Meira. Ele é um ator tipicamente de TV embora possua formação em artes teatrais, mas elegeu o meio televisivo como sua fonte de expressão e a ele se dedica quase que exclusivamente nos últimos anos, com poucas participações em teatro e cinema.
Seu humor é o do tímido, feito de observações súbitas, agudas e cortantes que transmitem acidez aos tipos cômicos – ou quase cômicos – que por vezes lhe são dados para representar. Ele é um dos mais fiéis representantes do belo como expressão de bondade. Carismático e elegante em cena.
(Elza Gomes, Cuoco e Mário Lago em "Cuca Legal"). Sua primeira telenovela foi “Renúncia”, escrita por Walter Negrão, exibido pela TV Record, em 1965, na qual já estreou como protagonista, ao lado da atriz Irina Grecco. A partir daí, Cuoco foi emendando um trabalho atrás do outro, sempre revestido da aura de galã dos sonhos das telespectadoras, posto dividido na época com Carlos Zara, Tarcísio Meira e Hélio Souto.
Participou de novelas na TV Tupi e, principalmente, na TV Excelsior, onde viveu o Dr. Fernando, protagonista de “Redenção”, a telenovela que até hoje mantém o recorde de permanência no ar, com 596 capítulos exibidos ao longo de dois anos. Ainda, teve posição de destaque no enredo de “Sangue do meu sangue”, exibida em 1969.

(Renata Sorrah, Cuoco e Vanda Lacerda em "Assim na Terra como no Céu"). Transferiu-se para a Rede Globo em 1970, e seu primeiro trabalho na emissora foi à telenovela “Assim na Terra Como no Céu”, de Dias Gomes, na qual viveu o protagonista Vítor Mariano, um padre que abandonou a batina para se casar e teve seus planos frustrados pela morte misteriosa da noiva.
Em seguinda, ele viveu Gilberto Athayde em "O Cafona", de Bráulio Pedroso, um personagem que fez muito sucesso pelo seu lado engraçado e na parceria com a atriz Marília Pêra. A partir daí, fez sucessivos trabalhos que levaram a assinatura de Janete Clair, que o tinha como um de seus atores preferidos.
( O ator em "Assim na Terra como no Céu").
Para ele, Janete Clair criou o Cristiano Vilhena, de “Selva de Pedra”, o jornalista Alex de “O Semideus”, o taxista "Carlão" - trabalho muito elogiado de Cuoco na primeira versão da novela “Pecado capital” -, o misto de mocinho e vilão "Herculano" de “O Astro”, o ambicioso Tião Bento em “Sétimo Sentido” e o político Lucas em “Eu prometo”.

(Dina Sfat e Cuoco em "Os gigantes").
(Cuoco e Regina Duarte em "Selva de Pedra").

Também fez as novelas “Negócio da China” (Evandro Fontanera), “Duas Caras” (ele mesmo/participação especial), “Casos e Acasos” (Feldman/Edgar), “Toma Lá, Dá Cá” (Dr. Pauleta), “Amazônia, de Galvez a Chico Mendes” (Augusto/terceira fase), “Cobras e Lagartos” (Omar Pasquim), “América” (Zé Higino/José da Silva Higino), “Da cor do pecado” (Pai Gaudêncio), “A Grande Família” (Oduvaldo Carrara/pai de Agostinho), “O clone” (Padre Matiolli), “As filhas da mãe” (Fausto Cavalcante), “A próxima vítima” (Hélio Ribeiro), “Tropicaliente” (Gaspar Velasquez), “Deus nos acuda” (Otto Bismark), “Lua cheia de amor” (Diego Miranda/Esteban Garcia), “O salvador da pátria” (Severo Toledo Blanco), “O Outro” (Paulo Della Santa/Denizard de Matos), “Os Gigantes” (Chico/Francisco Rubião), “Feijão Maravilha” (delegado/participação), "Saramandaia” (Tiradentes/participação), “Cuca Legal” (Mário Barroso), “Sangue do Meu Sangue” (Carlos e Lúcio), “Legião dos Esquecidos” (Felipe), “Redenção” (Dr. Fernando Silveira), Almas de pedra (Felipe) e “Renúncia” (Miguel), entre outros.
(O ator em "O Astro").
(Cuoco, Glória Menezes e Tarcísio Meira em "O Semideus").
Todas as informações deste texto e as imagens são de sites e blogs como Teledramaturgia e Nostalgia, entre outros da internet.

"Ídolos": Chay Suede

A edição de "Ídolos" tem os finalistas como o baiano Tom Black e o estiloso Chay Suede (foto acima), dono do melhor repertório e candidato a galã desta edição.

sábado, 28 de agosto de 2010

Novas da Tv

A recuperação total de Fábio Assunção prestes a voltar à TV

No começo de setembro, Fábio Assunção começa a gravar suas primeiras cenas de “Insensato coração”. É a volta à TV já totalmente recuperado da dependência química que o tirou de cena. Em recente passagem pelo Recife, onde rodou o filme “O país do desejo”, o comportamento do ator foi exemplar. Em mais de 30 dias de filmagem, acordava todos os dias às 5h30m para fazer suas cenas e nas horas vagas tocava piano, instrumento de seu personagem na história. Agora é esperar pelo seu vilão na próxima trama das oito. “A novela gira em torno das relações familiares, e o personagem do Fábio é desagregador dentro desse núcleo. Ele é empresário e viverá um romance complicado com a personagem da Gloria Pires, uma história de amor e ódio”, antecipa o autor Ricardo Linhares.

Deborah Secco viverá personagem parecido com Darlene na nova novela das nove

Vai se chamar Natali a ex-participante de um reality show que será vivida por Deborah Secco na próxima novela das 8. A personagem sai do programa “Volúpia da montanha” e tenta se manter na mídia. Será uma nova Darlene de "Celebridade"?

Nova 'Malhação' fala sobre diferenças, mas não terá personagem gay

A nova “Malhação” vai tratar do respeito às diferenças, mas não terá nenhum personagem gay. O autor Emanuel Jacobina, no entanto, pode criar um ao longo da temporada: “Não programei nenhum personagem com essa característica para o começo da história, mas isso não quer dizer que não possa aparecer”. “Malhação” parece vir na contramão de outros programas para adolescentes, quase sempre com personagens gays, como a série de sucesso “Glee”.

Veja o trailer do novo filme de Rodrigo Santoro

“There be dragons”, ainda sem título em português, é o próximo trabalho de Rodrigo Santoro a chegar aos cinemas. Veja o trailer abaixo:

Sonia Braga em filme espanhol

Veja a nossa Sonia Braga como a mãe do personagem-título de “Lope”, vivido pelo ator Alberto Ammann no filme espanhol. A direção é do brasileiro Andrucha Waddington, em sua estreia no cinema estrangeiro. Quem também está no elenco é Selton Mello. "Lope" ainda não tem data de estreia no Brasil.

Alessandra Negrini roda filme em Copacabana e anuncia volta à TV

Alessandra Negrini começou a gravar ontem no bairro de Copacabana o filme “Violeta”, em que vive a personagem principal. O roteiro é inspirado na canção “Olhos nos olhos”, de Chico Buarque. A atriz vive uma dentista de classe média e contracena com Thiago Martins. Para a TV, Negrini anunciou que só volta no ano que vem. A atriz deve fazer uma novela.

Lorena, da novela 'Passione', vira loura sexy no cinema

Tammy Di Calafiori, a Lorena de “Passione”, vai aparecer loura (e com pouca roupa) no filme “A suprema felicidade”, que marca a volta de Arnaldo Jabor aos cinemas e estreia no fim de outubro.

Globo quer investir em mais remakes de novelas

Marília Pêra na novela "Brega & chique"

O sucesso de “Ti ti ti” no horário das sete motivou a Globo a querer investir em mais remakes. Alguns autores da emissora já se manifestaram sobre quais obras gostariam de readaptar. Manoel Carlos gostaria de escrever o remake de “A sucessora”, exibida em 1978 e estrelada por Susana Vieira. Gilberto Braga indica “Dancin days” e “Brilhante”, esta última por não ter sido muito bem compreendida na época, no começo dos anos 80.“Pedacinho de chão”, de Benedito Ruy Barbosa, está prevista para o ano que vem. E “Guerra dos sexos”, de Silvio de Abreu, está garantida para 2012. Da obra de Cassiano Gabus Mendes, o mesmo de “Ti ti ti”, as novelas “Brega & chique” e “Locomotivas” disputam a chance de virar remake, com mais força para a primeira.

A onda de nostalgia na televisão

Eva Todor grava participação em "Ti ti ti"

Eva, no centro, na novela "Locomotivas", de 1977

É tempo (por que não?) de nostalgia na TV. A próxima personagem a sair do fundo do baú é Kiki Blanche, vivida por Eva Todor, em 1977, na novela “Locomotivas”. A inesquecível vedete, um dos papéis mais marcantes na carreira da atriz, faz uma participação em “Ti ti ti”, contracenando com Luiz Gustavo. A saudade vai tomar conta também de um dos episódios de “As cariocas”. Em “A adúltera da Urca”, Sonia Braga e Antonio Fagundes se reencontram como par romântico, mais de 30 anos depois, vivendo personagens com os mesmos nomes que tinham em “Dancin days”, Júlia e Cacá.

Fagundes e Sonia Braga em "Dancin Days"

Vera Fischer na nova série da Globo

Vera Fischer tem dado trabalho nos bastidores de “Afinal, o que querem as mulheres?”. Não se trata de ataques de estrelismo. A atriz não tem conseguido cantar, exigência de sua personagem na série. Vera conta com a ajuda da preparadora vocal Agnes Moço, mas tem evoluído pouco. Paola Oliveira, outra atriz da nova série da Globo, passa pelo mesmo problema.

Do Telinha