segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Sonia Braga reclama de falta de convites para fazer novela

Sonia Braga reclama de falta de convites para fazer novela e diz que não é uma pessoa difícil

De volta em breve na TV, onde vai protagonizar um dos episódios da série
"As cariocas", prevista para ir ao ar em outubro, Sonia Braga disse na noite da última terça-feira que os convites para atuar em novelas no Brasil estão cada vez mais escassos. A atriz falou ao público, ao lado de Nathalia Timberg, no ciclo A História da Telenovela, no Centro Cultural Banco do Brasil.
- Dizem que é complicado me achar, mas sempre me localizam quando precisam de depoimentos para livros e afins. Por que não me encontram na hora de um convite para um bom papel? - reclamou Sonia, cuja última participação em folhetins nacionais foi em "Páginas da vida".
 A atriz disse que, no momento, está desempregada. No entanto, fez questão de reiterar que a atual condição não tem a ver com a fama de difícil.
- Estou bem disposta a atuar. Mandei vários e-mails para Gilberto Braga, mas ele não tinha papéis para mim em suas novelas. Silvio de Abreu foi para Nova York e conversamos bastante, mas não pude aceitar fazer sua trama por uma questão financeira. Como vou trabalhar com um salário menor do que ganhava há dez anos? - comentou ela, que em novembro estará nos cinemas em "Lope", do diretor Andrucha Waddington.
Com o status de estrela conquistado em
"Gabriela" (1975), Sonia enfileirou participações em novelas, mas nem todas foram da maneira que ela gostaria. Como "Chega mais" (1980).
- É muito difícil para um ator saber que não está agradando seu público. E parece que todos os problemas eram por causa do meu cabelo. Então fui cortando, cortando... - relembra.

A atriz, que se empolgou com diversos momentos de seu percurso mostrados em vídeo, também se emocionou ao encontrar Nathalia, com quem contracenou em tramas como "Força de um desejo" (2000).
- Uma grande atriz - desmanchou-se Sonia.
No palco, a veterana - são 60 anos de carreira - lembrou sua trajetória em histórias marcantes como "O direito de nascer", exibida pela TV Tupi e pela TV Rio em 1964.
-- Fazia uma freira e, certo dia, enquanto passava por Copacabana, uma mulher pediu que eu benzesse seu terço. Achei de tremendo mau gosto e acabei dando um sermão nela - divertiu-se Nathalia, que voltará às telas em "Insensato coração", de Gilberto Braga, prevista para estrear em janeiro.



Elas começaram vinculadas ao teatro, alcançaram projeção nacional impressionante e hoje são exportadas e desenvolvidas de acordo com as oscilações da audiência. As novelas de televisão, uma das maiores especialidades brasileiras, despontam como o foco do evento A História da Telenovela, série de nove encontros mensais que às 18h30, no Teatro 1 do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), com entrada franca
Na abertura, Regina Duarte conversa com o público sobre a sua trajetória na TV, desde a primeira novela (A Deusa Vencida, de Ivani Ribeiro, na extinta TV Excelsior), sempre como protagonista.  
 
Também vão ajudar a contar a história dos 60 anos de TV no Brasil, Nathalia TimbergEva WilmaLaura Cardoso, Ana Rosa, Nicette Bruno, Paulo Goulart eSilvio de Abreu
    
Idealizador do evento, o produtor Hermes Frederico evoca as novelas mais marcantes ao longo das décadas, como 25499 Ocupado, O Direito de Nascer, Irmãos Coragem, Selva de PedraRoque Santeiro Vale Tudo, tanto pelo pioneirismo quanto pela consolidação da audiência. Hermes tinha 5 anos quando assistiu a 25499 Ocupado, primeira novela diária da TV brasileira, comTarcísio Meira e Glória Menezes.  
– Na minha infância, na década de 60, os capítulos duravam meia hora, e pude assistir a O direito de nascer, assim como a várias novelas da Excelsior e da Tupi, além dos primeiros sucessos da Globo, como Um rosto de mulher e O sheik de Agadir – recorda. 

Origem no teleteatro

A televisão começou diretamente vinculada ao teatro. Basta lembrar os teleteatros, que proporcionavam ao telespectador contato com peças inteiras, gravadas ao vivo. 
– Todas as emissoras tinham os seus teleteatros, com as peças ao vivo e depois em videotape, com boa audiência. As novelas foram ocupando esse espaço – analisa Hermes. – Nos anos 60 e 70, a televisão reuniu nas novelas grandes autores e atores de teatro.  
 Aqui em Dancin' Days
Sônia Braga dança com Paulete na saudosa Dancing Days de Gilberto Braga, uma das novelas de maior audiência da TV … 
Pioneira na televisão, Eva Wilma firmou parcerias artísticas importantes com os maridos, John Herbert (Alô, Alô Doçura) e Carlos Zara, e com autores como Cassiano Gabus Mendes
 
Eva Wilma é uma das atrizes que vão abrilhantar o evento do CCBB 
– Cassiano foi meu mestre na televisão. Tão importante quanto José Renato e Antunes Filho foram para mim no teatro – confirma a atriz. 
O grande salto qualitativo de Eva Wilma veio com a oportunidade de interpretar as gêmeas Ruth e Rachel em Mulheres de Areia, de Ivani Ribeiro, outra autora determinante na sua carreira: 
 Fiz heroína e vilã, ao mesmo tempo, numa época em que a televisão era mais artesanal. Passei por um período intenso de ensaios. E me dei conta de que os vilões são interessantes porque repletos de conflitos. Procuro mostrar o lado humano deles, com humor e uma alegria suicida. 
 
Regina Duarte e a inesquecível Dina Sfat em Selva de Pedra, clássico de Janete Clair 
A composição da megera de A Indomada, de Aguinaldo Silva, contrastou com a sobriedade da personagem do seriado Mulher. A atriz traz à tona uma série de trabalhos marcantes, como O meu pé de laranja lima, adaptação de Ivani Ribeiro para o romance de José Mauro de Vasconcelos. 
– Propunha marcações para a personagem. Lembro que antigamente a televisão não era simultânea – compara a atriz. – Então, a novela tinha terminado em São Paulo, mas não em Minas Gerais. Fomos até lá fazer um grande capítulo ao vivo. Quando saí do avião, uma multidão gritava o nome da personagem. 
Em A Viagem, a atriz entrou em contato com o mundo espiritual. 
– Tivemos uma palestra interessantíssima com Chico Xavier, antes do início das gravações – lembra Eva. 
Eva Wilma abordou ainda o período da ditadura militar em Roda de Fogo, de Lauro Cesar Muniz, através da torturada Maura. 
– Foi uma oportunidade de falar sobre o que a nossa geração passou – sublinha a atriz, que se prepara agora para as gravações de Araguaia, próxima novela das 18h, de Walter Negrão. 
Na nova novela das seis teremos os grandes atores Murilo Rosa e Milena Toscano fazendo os personagens principais, os vilões serão incrivelmente dois ótimos atores Lima Duarte e Cléo Pires, os outros nomes que estão confirmados para o novo sucesso da rede Globo são Edson Celulari, Regina Duarte, Julia Lemmertz, Eva Wilma, Emilio Orciollo e Thiago Fragoso, você não pode deixar de conferir a nova novela das seis, pois ela promete ser muito boa.
“Araguaia’’, que promete ser um verdadeiro sucesso na telinha da rede globo e já foram confirmados novos nomes para a novela um desses nomes é Tânia Alves a atriz não atuou mais na rede globo desde 2007 quando participou de Amazônia, na nova novela Tânia fará o papel de Pérola, ela é casada com rapaz negro, durante o casamento tiveram duas filhas Safira(Cinira Leal) e Ametista(Nanda Lisboa).

Com história acumulada na televisão, Nicette Bruno fez teleteatro, passou por emissoras como a Tupi, a Rio e a Continental até desembarcar na Globo, no seriado Obrigado, Doutor
 
Reginaldo Faria e Luís Gustavo na primeira versão de Ti Ti Ti,  de 1985 
– Antigamente, a TV era um bico para os atores. Até que o hábito de ver novelas começou a deslanchar – destaca Nicette, que pode ser vista atualmente no remake de Ti-Ti-Ti, de Maria Adelaide Amaral.

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