sábado, 18 de dezembro de 2010

Júlia Lemmertz, Eva Wilma e Laura Cardoso: As verdadeiras joias de Araguaia

Eva Wilma, Júlia Lemmertz e Laura Cardoso: As verdadeiras joias de Araguaia

As verdadeiras joias deAraguaia são Júlia Lemmertz, Eva Wilma e Laura Cardoso. É um enorme prazer ver esse trio em cena. 
Beatriz (Eva Wilma), a mãe que Solano nunca conheceu - Foto: TV Globo/Marcio Nunes
Eva Wilma é a história viva da TV brasileira. Como Júlia e Laura, ela é uma atriz completíssima. Faz bem drama, comédia, o burlesco, o trágico… Não há pedra bruta que Eva não transforme em diamante. Até hoje considero a Altiva, de A Indomada (1997), uma das cinco melhores vilãs de todos os tempos. Mas como não reverenciar também as gêmeas Ruth e Raquel de Mulheres de Areia (1973), a ex-presa política Maura deRoda de Fogo (1986), a esfuziante Rebeca de Plumas e Paetês (1980), a angustiada Laura de Ciranda de Pedra (1981) ou a manipuladora Francisca Moura Imperial de Transas & Caretas (1984). Isso sem falar da Hilda (Pedra Sobre Pedra, 1992), da Dra. Marta (Mulher, 1998/1999) e da Teresa (Pátria Minha, 1994), entre muitas outras.
Júlia Lemmertz, que sempre surpreende. É impressionante o talento dessa mulher. Quando se pensa que ela já mostrou tudo o que sabe fazer, Júlia se renova e traz frescor às suas interpretações. Na pele da maternal Amélia, a atriz mostra toda paleta de emoções que guarda na manga. Esposa insatisfeita do poderoso Max (Lima Duarte), Amélia se desdobra para mediar a difícil relação do fazendeiro com os filhos, Manuela (Milena Toscano) e Fred (Raphael Viana). Mas agora enfrenta seus próprios conflitos ao se apaixonar pelo ex-genro, Vitor (Thiago Fragoso).

Júlia Lemmertz - Foto: TV Globo
Júlia transmite para o público toda a angústia que essa mulher sente e o forte desejo por um homem muito mais novo, que precisa afogar no peito. E a atriz não desperdiça uma cena, aproveita todas as falas, valoriza cada momento que tem na novela para expressar o sofrimento de Amélia. Imagino o orgulho que deve dar para um autor de novela (no caso Walther Negrão) de ver uma personagem que criou com tanto esmero crescer na telinha de uma forma tão intensa. Só é impressionante que uma atriz espetacular como Júlia Lemmertz geralmente é relegada a papéis menores. Quer dizer, menores não, porque em suas mãos todos os personagens são grandiosos, espetaculares. Mas que ela merecia protagonizar sempre, ah isso merecia sim.

Em Araguaia, Eva é Beatriz, a mãe que Solano (Murilo Rosa) não conheceu, que, apesar de agora estar tão perto do filho, não consegue se revelar. Linda em cena, Eva dá à personagem uma personalidade forte e difícil de compreender. Beatriz é aquele tipo de pessoa que sabe muito bem o que quer e talvez por isso tenha se identificado tanto com Estela (Cleo Pires). E Eva abusa e usa da experiência que adquiriu em sua trajetória ímpar para guiar o público pelas dores e amores dessa mulher. Gosto especialmente das cenas de embate entre Beatriz e Mariquita porque podemos ver duas escolas de atuação bem distintas. Enquanto Eva é cerebral, técnica, quase maquiavélica na arte de interpretar, Laura Cardoso é totalmente intuitiva, emotiva, praticamente um “animal selvagem”, tamanha a força que ela empresta para suas personagens.
 Laura é uma força da natureza que invade nossa telinha devastando tudo. É impossível não ser tocado por sua presença magnética. E a gama de emoções que ela nos entrega é quase que um presente, que, eu pelo menos, recebo com carinho e gratidão.

"Na novela Araguaia, elas interpretam suas personagens magistralmente, já que estas esbajam talento em tudo que fazem. Tanto em Araguaia, quanto em Passione, são os veteranos, os atores mais experientes que dão conta do recado e seguram estas novelas. No caso de Cléo Pires (sorte ser filha de Glória Pires) que se acha o máximo por que mostrou a perseguida) é bem chatinha, e ainda tem o irmão dela também, o tal de Fiuk, moço sem graça, ainda incompleto musicalmente e em cena é bem ruim. A Globo quer o transformar em um ícone jovem a qualquer custo (sorte dele ser filho de Fábio Junior, sem isso seria só mais um). Aguinaldo Silva falava de sua escalação para nova novela (ainda bem que o rapaz desistiu) como se tivesse conseguido um Selton Melo para sua novela.
Como se não bastasse, o Silvio de Abreu escala Carolina Dieckmann e Kayky Brito. O que acontece com esses autores da Globo? Será que eles precisam de reciclagem? Será que a Globo tem que contratar novos e talentos autores para eles perceberem que eles estão valendo muito para tão pouco que andam oferecendo?  Julia Lemmertz é uma atriz incrível, bonita, elegante, inteligente, como na série “Tudo Novo de Novo”. Ela e Marco Ricca eram perfeitos. Todo o elenco que era muito bom". 
*Texto de um internauta da Contigo.com  
Com a Contigo.com

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